The only investors who should not diversify are those who are right 100% of the time”,

Sir John Templeton

 

Gerir implica a definição de uma estratégia, a identificação de instrumentos para a materializar e testar permanente as convicções através de uma monitorização constante do seu desempenho.

Antes de nos preocuparmos com a melhor maneira de navegarmos o universo dos mercados financeiros é fundamental definir quais as principais categorias em que o podemos dividir, garantindo que são acessíveis através de instrumentos líquidos e facilmente transacionáveis. É também muito importante que, para salvaguardar princípios efetivos de diversificação, estas “peças” tenham pouca correlação entre si.

O processo de definição destas principais classes de ativos varia, assim, de instituição para instituição e assume princípios e visões específicas de cada entidade.

Na Golden Wealth Management, definimos cinco grandes Classes de Ativos (o Monetário, Obrigações, Ações, Alternativos e Matérias Primas) e é sobre elas que desenhamos a nossa estratégia de alocação de ativos (Asset Allocation). Uma palavra para o segmento cambial, que, apesar de estar fora destas divisões, reveste-se de um papel relevante, agregando todos os investimentos denominados em outra moeda que não a da moeda base das carteiras de investimento.

 

1. Monetário

Numa lógica de preservação de capital e sua disponibilidade no muito curto prazo, a classe Monetário acomoda instrumentos líquidos com elevada qualidade creditícia e disponibilidade próxima do imediato. Estes instrumentos assumem normalmente a forma de depósitos (à ordem e/ou a prazo) ou fundos de mercado monetário, com maturidades implícitas inferiores a 1 ano. O risco aqui é baixo assim como a sua rentabilidade subjacente esperada.

 

2. Obrigações

Na classe, incluímos tudo o que é suscetível de gerar rendimentos periódicos (fixos ou variáveis) com maturidades superiores a 1 ano em geografias emergentes ou desenvolvidas. Normalmente trata-se de instrumentos de dívida (soberana ou corporativa) cujo comportamento depende da evolução das taxas de juro praticadas nas respetivas moedas e da qualidade creditícia dos seus emitentes.

 

3. Ações

Todas os investimentos que representam posições no capital de empresas são agrupados na classe de ações. Estes investimentos implicam uma participação nos resultados da entidade subjacente, ou através das variações das suas cotações em mercado e/ou através de dividendos eventualmente pagos aos investidores, estando dependentes do comportamento das economias e setores onde operam.

Trata-se de investimentos com um risco implícito mais elevado que o das classes anteriores, podendo estar sujeitos a maiores níveis de volatilidade num horizonte temporal de curto prazo.

 

4. Alternativos

A componente de alternativos reveste-se de uma grande importância, especialmente quando a volatilidade nos mercados financeiros aumenta e os investimentos nas classes de ativos “mais tradicionais” enfrentarem dificuldades. Concentram-se essencialmente na gestão do risco idiossincrático para gerar retornos (absolutos) independentemente do desempenho dos mercados. Incluímos aqui, para além de investimentos tidos como não tradicionais (hedge funds, private equity, ativos reais, …), investimentos que utilizam métodos não convencionais (estratégias que podem ter, para além de posições longas, ter apostas curtas – i.e., beneficiarem com quedas nos ativos subjacentes-, posições com alavancagem, etc.). A sua atratividade reside na relação do binómio risco/retorno e na forma como, para além de constituírem um importante foco de diversificação, podem funcionar como um amortecedor de volatilidade.

 

5. Commodities

As Commodities são uma componente muito importante da economia real e incluem investimentos num leque diversificado de categorias, passando pelos produtos agrícolas, metais industriais, energia e metais preciosos. Na Golden Wealth Management mantemos aqui uma abordagem dinâmica, explorando sempre que possíveis ideias táticas, monetizáveis em prazos relativamente curtos.

 

 

Para terminar, o segmento cambial encerra a nossa compartimentação, revestindo-se de um papel residual, no sentido em que inclui investimentos denominados em outras moedas que não a definida para o tipo de alocação estratégica considerada.

 

É na definição dos pesos e os timings das alocações a cada uma destas classes de ativos que reside o trabalho do Asset Allocation, que procura assim montar um puzzle dinâmico das visões da Golden relativamente às dinâmicas dos mercados financeiros.