Foi um mês positivo para todas as principais classes de ativos. Os mercados acionistas deram continuidade à toada altista em vigor desde inícios de abril, a ponto de alcançar novos máximos históricos nos EUA. Os metais preciosos valorizaram durante a primeira metade do mês, mas corrigiram mais tarde, à medida que os investidores realizaram parcialmente os seus lucros. O dólar apreciou face às principais moedas para máximos de quase 3 meses.

Outubro marcado por ganhos nos mercados e valorização do dólar

Em termos geopolíticos, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo e de troca de prisioneiros, colocando o foco na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que continua sem fim à vista. Donald Trump implementou sanções às duas principais empresas russas do sector petrolífero e, no final do mês, anunciou um acordo comercial limitado com a China, que ficou aquém das expectativas.

“shutdown” dos serviços do governo dos EUA, que já se tornou a segunda paralisação mais longa de sempre, impediu a divulgação de dados oficiais durante todo o mês de outubro, o que dificultou uma melhor compreensão do estado da economia norte-americana.

A FED cortou as taxas de juro de referência pela segunda reunião consecutiva, numa decisão com 2 membros dissidentes. Jerome Powell deixou claro que a decisão de dezembro ainda está em aberto, com o mercado mais inclinado para um novo alívio da política monetária. Tão ou mais importante, a FED anunciou a interrupção do programa de redução de balanço. Como era esperado, o BCE manteve as taxas inalteradas e Christine Lagarde reiterou que o Banco Central está confortável. O Banco do Canadá cortou taxas, o que se espera que tenha sido a última redução do ciclo atual, e o Banco do Japão manteve taxas inalteradas na sua primeira reunião após a eleição da nova primeira-ministra.

 

Detalhe por classes de ativos:

Outubro marcado por ganhos nos mercados e valorização do dólar

Outubro voltou a ser um mês positivo para a generalidade das classes de ativos, obrigações incluídas, impulsionados por desenvolvimentos na geopolítica internacional e pela incerteza associada às “guerras comerciais” promovidas por Trump. Este ambiente de incerteza, aliado à antecipação das reuniões dos principais bancos centrais, sustentou a dívida soberana ao longo do mês, à medida que os investidores foram regressando às compras. Os prémios de risco corporativos mantiveram-se próximos dos mínimos de ciclo, continuando a suportar o apetite por risco por parte dos investidores.A dívida emergente destacou-se, acumulando o quarto mês consecutivo de desempenhos positivos. A valorização do dólar face às principais moedas acabou por ser o principal catalisador deste subsegmento, sobretudo para a dívida denominada em moeda forte.

Durante o mês de outubro, os mercados acionistas globais registaram um desempenho maioritariamente positivo, embora com variações relevantes entre regiões e setores. O apetite pelo risco manteve-se sustentado por expectativas de uma política monetária mais acomodatícia e por sinais de estabilização nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China. O tema da Inteligência Artificial voltou a destacar-se como motor de desempenho, com empresas diretamente expostas a semicondutores, infraestruturas cloud e software de IA a superarem o mercado, ainda que com uma liderança concentrada e uma amplitude reduzida. Por outro lado, a Europa continuou a evidenciar uma fraqueza relativa face aos EUA e a alguns mercados asiáticos, refletindo uma menor exposição aos “vencedores da IA” e uma composição setorial menos favorável.

Foi um mês de ganhos acima dos 4% no índice de commodities, que beneficiou da apreciação do dólar. No entanto, o petróleo contrariou esta tendência, com perdas acima de 2%, refletindo receios persistentes de acumulação de stocks globais. O cobre destacou-se com uma valorização próxima de 6%, suportada pela expectativa de um défice significativo de produção em 2026. Nos EUA, o gás natural disparou 24%, beneficiando da previsão de maior consumo nos meses de inverno. O ouro teve um mês marcado por elevada volatilidade, mas terminou outubro com ganhos superiores a 4%. Já as commodities agrícolas subiram mais de 3%, impulsionadas pelo acordo comercial entre a China e os Estados Unidos.

O dólar registou ganhos na comparação mensal, à medida que o mercado foi digerindo o corte nas taxas de juro da FED e, sobretudo, as expectativas futuras. Isto levou o Eur/Usd a recuar ao ponto de atingir mínimos de quase 3 meses perto dos $1,1520 no final do mês. A libra manteve-se estável no início do mês, mas registou uma queda significativa nas últimas semanas, em antecipação ao novo orçamento britânico e à possibilidade de cortes de taxas pelo Banco de Inglaterra, levando o Eur/Gbp a transacionar acima das £0,88, em máximos desde maio de 2023. O iene teve mais um mês negativo, atingindo mínimos de 1992 face ao euro — ligeiramente abaixo dos 179 ienes por euro — e mínimos de oito meses face ao dólar, acima dos 154 ienes por dólar. Já as principais criptomoedas, como o bitcoin e o ether, começaram o mês em alta, com a bitcoin a atingir os $126.000 pela primeira vez, mas corrigiram posteriormente para mínimos de junho de 2025.

🏆 Três distinções, um propósito comum: excelência

Outubro marcado por ganhos nos mercados e valorização do dólar

A Golden Wealth Management foi reconhecida com três prémios nos Citywire Private Banking Awards 2025, uma celebração internacional da excelência em gestão de património:

Para além destes dois reconhecimentos à GWM, também vimos a nossa equipa ser reconhecida com o prémio de:

Estes prémios são o reflexo da dedicação diária da nossa equipa, que trabalha com rigor, proximidade e visão estratégica.

Conclusão

Outubro foi um mês de desempenho positivo para os mercados, marcado por sinais de acomodação monetária, avanços geopolíticos e forte valorização em diversas classes de ativos. Neste contexto, a Golden Wealth Management reafirmou o seu compromisso com a excelência, sendo distinguida com três prémios nos Citywire Private Banking Awards 2025. Estes reconhecimentos refletem não só a qualidade das nossas propostas de investimento, mas também o rigor e a proximidade com que acompanhamos os nossos clientes num cenário global em constante evolução.