Numa semana com menor liquidez, típica desta altura do ano, as ações destacaram-se em alta. Os principais índices acionistas norte-americanos renovaram novos máximos históricos, com o mercado otimista quanto à possibilidade de a Reserva Federal dos EUA cortar as taxas de juro de referência na próxima reunião, em setembro. As obrigações e as commodities tiveram uma semana ligeiramente negativa, sem variações expressivas.

 

Destaques da Semana Ações Renovam Máximos e Criptoativos Surpreendem

Os analistas continuam a tentar compreender os efeitos das tarifas na inflação dos EUA. A inflação no consumidor está a estabilizar, mas os preços no produtor subiram mais do que era esperado. O mercado aguardava a reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, mas sem fazer aumentar os níveis de aversão ao risco.

O dólar esteve sem tendência definida. Apesar de um recuo na parte final da semana, os criptoativos continuaram a valorizar, com a bitcoin a atingir um novo máximo histórico ($ 124 517) na quarta-feira.

Classes de Ativos:

Destaques da Semana Ações Renovam Máximos e Criptoativos Surpreendem

Obrigações:

Apesar da menor liquidez característica da época, a dívida soberana esteve pressionada, numa semana em que o apetite por risco permaneceu elevado. Os prémios de risco corporativos mantêm-se próximos dos mínimos de ciclo, beneficiando sobretudo a dívida high yield. As incertezas decorrentes das dinâmicas da guerra comercial mantiveram a dívida emergente sem tendência definida, em especial a denominada em moeda local.

Mercados Acionistas:

A semana foi positiva para os mercados acionistas. O destaque voltou a ser o Japão, com ganhos de 2,4%. Num período de menor liquidez, os investidores aguardaram pela cimeira Trump-Putin com um sentimento otimista. Em termos setoriais, a semana foi positiva para a generalidade dos segmentos, com as empresas associadas ao Healthcare Communications a liderarem. Já as empresas de Real Estate registaram perdas ligeiras.

Commodities:

O índice de commodities fechou a semana em queda, penalizado pelo setor energético. O petróleo voltou a baixar, pressionado pela evidência de excesso global de oferta. O gás natural caiu para mínimos de vários meses, pressionado por produção recorde nos EUA. O ouro esteve pouco alterado, mas sustentado pelas expetativas de cortes de taxas nos EUA. O cobre teve ganhos ligeiros, embora afetado pelos dados do crédito concedido na China. As agrícolas recuperaram ligeiramente, com ganhos na soja após revisão em baixa da área cultivada nos EUA.

Forex:

O dólar teve uma semana com pouca volatilidade e sem direção, com o Eur/Usd a cotar entre $1,1590 e $1,1730. As oscilações foram reagindo à variação das expectativas de corte de taxas de juro por parte da FED, em setembro. A libra recuperou algum terreno face ao euro, em resposta a dados do PIB acima do esperado no Reino Unido. As criptomoedas estiveram voláteis, mas globalmente em alta, ainda a beneficiar da decisão de Trump de abrir a possibilidade de que os investimentos alternativos possam entrar nas carteiras dos planos de reforma privados.

Conclusão:

Apesar da menor liquidez típica desta época do ano, os mercados mostraram sinais de força, com os principais índices acionistas e os criptoativos a registarem ganhos relevantes. Ainda que persistam dúvidas sobre o impacto das tarifas na inflação e sobre o rumo da política monetária, os investidores mantêm-se atentos e cautelosos. Continuaremos a acompanhar de perto os desenvolvimentos económicos e geopolíticos que poderão influenciar o comportamento dos mercados nas próximas semanas.